terça-feira, 28 de julho de 2009

Aborto: sim ou não?


M. Aboard!

Um tema muito polêmico hoje em dia é o aborto. Além de ser condenado pela maioria das igrejas, é considerado crime no Brasil, a não ser em casos de estupro, anencefalia ou risco de vida para a gestante. Caso contrário o Código Penal prevê penas de 1 a 4 anos de prisão para a mulher e a pessoa que retirou o feto. A população brasieira não se mostra disposta a alterar a legislação.

Não existe contraceptivo totalmente seguro. Uma mulher que faz sexo casualmente sem uma relação estável, por mais cuidadosa que seja pode engravidar sem querer. É justo que uma mulher tenha de abrir mão de uma carreira recém iniciada? Ou largue a escola ou faculdade por uma gravidez precoce e não planejada? Com o aumento da eficiência, a diminuição de custos e o fácil acesso a métodos anticoncepcionais, o número de abortos no país diminuiria e ele seria realizado apenas como previsto na lei.

Mais de um milhão de mulheres abortam por ano no Brasil, destas 1/4 sofrem complicações em abortos clandestinos. O que faz com que esta seja a terceira maior causa de mortes de mulheres em nosso país. Muitas encontram no aborto uma saída menos dolorosa do que ter um filho e não poder criá-lo. Tendo isto por vista vários médicos consideram seu dever profissional ajudar suas pacientes com tais problemas, explicando-as métodos abortivos e até indicando clínicas onde o procedimento é realizado legalmente. A pílula abortiva mais utilizada tem sua venda proibida no Brasil, mas é facilmente adquirida pela Internet. Ou seja, cabe a mulher decidir se vai abortar ou não. Porém, por mais decidida que ela esteja as conseqüências de um aborto sã o psicologicamente devastadores.

O aborto legalizado oferece menos risco a população feminina e custa bem menos para a sociedade, já que proibir o aborto não acaba com ele. Porém até mesmo os defensores têm de dizer a partir de quando a prática não seria mais permitida. A partir de quando estaríamos lidando com a morte de um ser vivo.

É preciso haver investimentos em ações de planejamento familiar e não a simples distribuição de camisinhas. Países desenvolvidos e com maior eficiência em tais políticas têm aborto legal. Posso dizer que sou a favor da legalização do aborto, mas somente para mães sem condições emocionais ou financeiras, e que a retirada do feto seja feita só até o quarto mês. Depois desse período deveriam ter o bebê e entregá-los a adoção. Caso contrário das dadas circunstancias, sou contra.


E qual a SUA opinião?

1 Comment:

  1. Estrela said...
    Convincente, adorei! ;*

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