domingo, 24 de outubro de 2010

B. Aboard!


Ultimamente tenho pensado bastante sobre situações minhas, passadas, recentes e que poderão acontecer...
Sempre fui daquelas meninas que acreditavam que o mundo era um conto de fadas em grande escala, que um dia um príncipe montado num cavalo branco iria chegar me pegar pelo braço e eu iria me apaixonar perdidamente na hora. Ah, sem esquecer do "e foram felizes para sempre...". Achava que todo final era feliz por conta disso. Todos os filmes, livros, histórias que ouvia de minhas professoras e mãe eram assim, todos viviam felizes para sempre. E é duro pra uma menina saber que "o pra sempre, sempre acaba".
Quando conheço alguém e gosto desse alguém, sempre tem algo que encurte o meu pra sempre.
- O cara pode não ser o príncipe encantado, ser o vilão.
- A história que parece ser mágica na verdade é trágica.
- O príncipe não tem as mesmas intenções que você.
- O príncipe mora em um reino tão tão distante.
Sempre tem algo.

Vivi experiências diferentes, sorri muito, abracei como nunca antes, dei beijos intermináveis, ousei, aventurei, me entreguei de coração. Pois sou assim, não consigo ser metade de algo, sou ou não sou, me entrego ou não. E agora cá estou, impotente, incapaz. Costumo dizer que estou amarrada numa camisa de forças.
É difícil dizer que meus contos de fadas, meus sonhos e esperanças são bem mais reais e aterrorizantes do que eu acreditava, mas é assim que as coisas são. Me dói bastante saber que é tudo assim, difícil e doloroso... mas em tudo que fazemos existem obstáculos. Me dói saber que eu poderia trazer muita felicidade, criar meu próprio conto de fadas, mas que não posso.
É... não sei ao certo o porquê do texto, mas as vezes piscianos podem ser emotivos demais.
O que sei é que não importa as condições, sempre estarei aqui, com as mesmas manias, mesmos sorrisos, pronta pra ouvir como sempre ouvi, abraçar como sempre abracei, e escrever novas páginas no meu conto de fadas, que eu alterarei, criarei e viverei intensamente. E não importa o que me falem, por mais real e cruel esse mundo seja, não mudarei minhas crenças... não deixarei de acreditar no príncipe encantado.


Agradeço por cada momento, e espero por novos ainda mais felizes.
Acredito muito no meu final feliz, e nada mudará isso.


"e que a minha loucura seja perdoada, porque metade de mim é amor e a outra metade... também." (Oswaldo Montenegro)


Beijinhos, Bru.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Little prototypes.

B. Aboard!


O que é ser uma garota nos tempos de hoje? Existem padrões a serem seguidos? Beleza é tudo? Magra ou gorda? Loira ou morena? Nerd ou gym addicted?

Se pararmos para fazer uma análise geral da situação atual das meninas de 12 aos 17... 18 anos, veremos diferentes tipos de tribos e suas atribuições do que é o certo e o que é o errado, desde roupas ao comportamento.

São cabecinhas aluadas, sem noção do que é o mundo e da realidade. Criaram a sua volta uma bolha, colocaram dentro dela apenas suas regalias e coitado daquele que tentar se infiltrar nessa bolha sem convite prévio.

Ok sou crítica mesmo... Mas a minha visão das coisas é um pouco mais pé-no-chão do que muitas pessoas, e quer saber? Não gostou? Too bad.

Bem, existem n tipos de garotas hoje em dia, algumas vivem no mundo da Lua e outras compraram seu próprio satélite e vivem num mundinho paralelo com entrada vip.

Não que eu consiga classificar cada uma... mas é possível identificar os grupinhos apenas de olhar.

Por exemplo, imagine-se nessa situação e depois responda como se eu pudesse ouvi-la, se não estou falando a verdade.

Você e suas amigas de 19/20/21 anos,vão para uma festa, cidade pequena como a nossa, no ingresso palavras escritas em letras não tão grandes porém visíveis “Proibida entrada de menores de 18 anos”.

Ok, ingresso comprado, amigas prontas para sair, lindas e animadas, pois conseguiram uma folguinha da faculdade para sair e se divertir. Vocês chegam ao local da festa, estacionam e vão para a entrada do evento. No caminho muitas caras conhecidas, muita gente arrumada... e aquela típica cena que me emputece todas as vezes que vou para uma festa:

Um carro cheio de MENINO, não adulto, não jovem, sim MENINO (pirralho, boy, criança... como queira chamar) com música nas alturas, um copo na mão cheio de bebida, pose de quem acha que a malhação fez muito efeito e tá impressionando a todas as meninas e causando inveja no amigo magrinho, e palavrão na boca, muito palavrão na boca.

A esse ponto, eu já fico me mordendo de raiva, mas infelizmente não é só isso.

Com esses meninos você vê a sobrinha da amiga da sua mãe, a pirralha do colégio da sua irmã... a cambada toda. Meninas de 14 a 16 anos, com saltos agulha maiores que seu antebraço, maquiagem carregada, brincos grandes, a maioria com copos na mão com vodca, whisky, ou até ice, que para muitas tem apenas “gosto de suco de limão”.

Aí você e suas amigas pensam: Porra! Eu vim pra uma creche? Ou pra uma festa? Que merda é essa?

Não o bastante, os garotos de sua idade, 20 anos por aí, não conseguem mais dar atenção para mulheres como nós (não que eu tenha inveja, sério, eu fico meio que indignada com a facilidade das coisas, só isso), afinal para quê mulheres mais velhas, se eles podem chegar numa pirralhinha de um colégio qualquer, a maçãzinha estragada, dizer que faz universidade, jogar o papo de que ela é única e pegar apenas por uma noite? Hm? Concordam comigo?

É impressionante a facilidade das coisas hoje em dia.

As meninas agora saem para festas que começam às 22hs com apenas 15 anos, enquanto nos meus 15 anos eu lutava para voltar do shopping às 21h. E muitas de vocês também devem concordar comigo.

Não que eu esteja dizendo que todas as meninas de minha idade sejam santas e puras, pois acredite, fico abismada com histórias que me contam sobre elas, até mesmo amigas minhas.

Porém é impossível comparar meninas de 15 anos que deveriam lutar para ir ao shopping ver filme com meninas de 19, já em universidade, maiores de idade.

POOOOOOORRA, CADÊ A VERGONHA NA CARA DESSAS MENINAS?

Melhor ainda, CADÊ A MÃE E O PAI DESSAS MENINAS ENVELHECIDAS?

É revoltante. MUITO MESMO.

Imagine você, o que será do futuro dessas meninas. Alucinadas por moda, dinheiro, marcas, roupas, com o pensamento de que bebida é status, e quanto maior o salto, mais velhas aparentarão ser. Sem contar o fato de que se acham no direito de falar o que quiserem sobre a vida alheia, e que se foda quem achar ruim.

Vááááprapqp.

Little girls, estudem, respeitem seus pais, não bebam, finjam ao menos que tem a idade que tem... Aliás, finjam que tem respeito próprio. Fica a dica.

Por que acredite querida, se você não se respeitar, ninguém irá.

E você vai se perguntar um dia por que aquele garoto te iludiu, porquê a sua “amiga” lhe traiu e ninguém mais se aproxima de você.

Construa um ser humano, não um robô. Grata.



Long time no see han?

Senti falta disso daqui. Tentarei postar mais!

Boas férias!

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

B. Aboard!

Início de ano, início de férias, planos de uma vida nova. Estou realmente animada com esse ano, animada demais mesmo. Não pensei que pudesse me sentir assim em relação a um ano novo, na verdade nunca fiquei tão animada como todos ficam por saber que um ano se passou e outro novo em folha chegou para se viver. Mas talvez por ter amadurecido, vivido o que vivi ano passado, percebi o valor de um ano novinho. Não que ano passado tenha sido ruim, mas por ter passado por experiências dolorosas, esperei muito 2010. E é sobre isso que é esse post, minhas metas para esse ano. Parece brega, eu sei, mas mesmo assim, é de grande importância pra mim e se eu pudesse, faria todos que conheço pensarem assim.
Tracei como meta para mim:
- Não me entregar tanto, aprendi da maneira mais dura que nem sempre presença significa que há sentimento. As vezes presença é apenas presença, curtição. E que por mais que você ame uma pessoa, queira vê-la sempre e se esforce para vê-la feliz, nem sempre o sentimento é recíproco, é uma merda, eu sei... mas e aí... é a vida. Procurar pra mim é verbo passado, cansei. Agora vou me permitir felicidade, saídas e amigas sempre. Elas, afinal, são quem sempre permanecerão do meu lado não importa com quem eu namore ou quem eu goste.
- Não acreditar em tudo que me falam, ser menos ingênua e ver que por mais que eu queira borboletas e fadas pelas ruas, existem ogrinhos e gente ruim.
- Ser mais eu, curtir mais, sair mais, conhecer gente, curtir minha idade e minha vida.
- Estudar mais, me dedicar mais ao meu curso de maneira saudável, fazer por gostar e não por esforço.
- Tratar melhor as pessoas, ouvi-las.
- Amar mais, minha família, meus amigos... Sempre fico tão feliz quando busco isso, por quê não buscar sempre?
- Escrever e desenhar mais, minha arte, meus pensamentos, tudo que é meu é único, e por que não colocar isso pra fora? Pro lápis, ou mesmo pra esse blog?
- Manter fronteiras e não fingir que elas não existem. Por mais que eu saiba que distância é um fator que não influência tanto, me forcei a acreditar que é ruim, que não presta, que só faz mal e agora fora das fronteiras significa fora de mim.
- Festejar mais, curtir com meus amigos, ir para onde der na telha e não me arrepender.
- Procurar mais conhecimento, nunca suportei cair na ignorância.
- Ajudar mais, ser mais sensível.
- Me dedicar mais a Deus, Ele sim, é meu amor Eterno.

Não consigo me lembrar de muita coisa agora... mas isso é basicamente o que tomei como objetivo para esse ano... quero mudar, quero viver mais. E aí? Me acompanha?

domingo, 20 de dezembro de 2009

Natal.

B. Aboard!

Eu sei, eu sei... faz uns dois meses que num posto aqui. Mas de que adianta se num tenho inspiração? Ou pior, se num tenho tempo? :S Tá tudo tão corrido ultimamente... universidade tomando todo o tempo que tinha e agora... cadê minha vida social? Hein hein?
Enfim, pensei em vir aqui, falar algo sobre o final de ano.
Durante toda essa semana que se passou, pensei nos preparativos para o reveillon de minha família, sempre temático e tão animado, pensei em presentes, em sorrisos, em festa, em filminhos infantis sobre o Natal, que eu SEMPRE amei assistir, em como ficariam as fotos, nas pessoas que eu veria, conhecia, e que iria rever, ou não, também... pensei em tudo... e todos esses pensamentos pareciam ter fagulhas brilhosas em volta, daquelas que você vê em filmes natalinos cheios de magia. Sempre idealizei muito meu fim de ano, desde criança sou do tipo que assiste filminhos mágicos e fofos sobre o Natal, que imagina todos nas ruas de mãos dadas cantando músicas da época, se brincar meus pensamentos até nevavam. hahaha Eu sei, é tudo tão viajoso... mas é assim que acontece. Porém eu havia me esquecido o que era não ter Natal, não ter essa animação, pensar em algo que ao invés de fazer teu sorriso abrir, o faz fechar. Me lembro que no ano em que meu avô materno, João da Silva Cruz, falesceu, minha família e eu, não festejamos, não saímos de casa, não ligamos as luzes de Natal, não tivemos árvore nem presentes, apenas dormimos e choramos. Afinal, o que havia ali para comemorar? Estávamos tristes, sentíamos falta daquele em que morou conosco sempre. Digo, daquele que nos deixou morar com ele desde sempre. E, talvez pelo tempo, tenha esquecido desse sentimento, do Natal escuro, das luzes apagadas, do sono, do jantar comum, e da sala vazia, sem um de nós, faltando um pedaço. E, voltando aos sentimentos dessa semana, estava muito animada, cortei painéis para decoração, provei a fantasia da festa de reveillon temática, comprei e embrulhei presentes, enfim... destribui sorrisos. Porém havia algo acontecendo em minha família, contraditório a essa época e a minha felicidade.
Ontem a noite enquanto cortava estrelinhas brancas para decorar o painel do reveillon, recebemos uma ligação. Uma tia avó havia falescido naquele instante. Ela tinha câncer e isso foi levando-a devagar, mas a levou. Minutos antes da ligação estávamos, eu e minha irmã, felizes, cantando ao som de um dvd que estavamos vendo, pensando no Natal, nas festas... Mamãe até chegou e falou para baixarmos o som em respeito a sua tia que estava no hospital. Depois de 1 min que ela falou isso, eu e Luísa sentimos um aperto no peito, daqueles como quem sente o mal chegar, ou que algo muito ruim aconteceu. E o telefone tocou. Era a filha dela, coitada, ligando para falar o que tinha acontecido. Me senti tão mal na hora... Todos os pensamentos vieram de uma vez, e eu não conseguia entende-los.
É tudo tão contraditório... felicidade num lar, tristeza em outro... famílias se preparando para festejar a vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo, e famílias preparando velórios e enterros... pessoas fazendo filas no supermercado comprando comida para a ceia de Natal, e outros fazendo fila para pedir esmola. Sei lá, claro que ainda tenho todo aquele brilho idealizado na minha mente, do Natal que chega e a família que se une... Mas é difícil não pensar no sofrimento que muitos sentem enquanto outros brindam.
Creio que assim é a vida, injusta, contraditória... finita. E por mais que todos nós queiramos felicidade e sorrisos a todo tempo, a lágrima sempre cai no rosto de muitas pessoas, a cada dia. O jeito é viver tudo isso... Espero que meu texto os façam pensar. Não que eu queria destruir o espírito natalino que cada um tem, mas sim que entendam essa época de maneira mais realista, e vejam os dois lados que o mundo tem.

Rezei muito por Tia Ivanilda ontem a noite, e pedi a Deus que a levasse junto Consigo e desse conforto a família. Não era muito próxima a ela, mas lembro sempre dos sorrisos que ela destribuia, junto com os presentinhos que sempre trazia para minha irmã e eu...

Espero de coração que todos tenham um Natal MUITO bom, ao lado de quem amam e que se unam cada vez mais! Digam 'eu te amo' sempre, façam festa de cada momento vivos e unidos que vocês possuírem, e dêem o valor merecido a uma ocasião como a ceia de Natal, onde a família se reúne.
Que Deus ilumine a todos vocês! E A TODOS UM FELIZ NATAL!


Creio que voltarei a postar no Ano Novo, não sei ainda.
Caso não apareça por aqui, uma ótima passagem de ano para todos, e que 2010 venha cheio de felicidade e conquistas para todos nós!



YOHO HO HO MERRY CHRISTMAS!


terça-feira, 13 de outubro de 2009

L'amore

B. Aboard!

Sentada com meus botões (que hoje em dia se resumem a vários lápis de todos os tamanhos, escalímetro, esquadros, estiletes...), me lembrei do quanto eu gosto de escrever e a quanto tempo eu não fazia isso. Acontece que muita das vezes que eu escrevo, transmito emoções minhas, por isso em picos emocionais, sempre tenho o que falar. Nem sei se estou em um deles agora, mas a vontade de escrever me veio, do nada. Venho me perguntando a alguns dias, o porquê de estar me sentindo só. Não em relação a amigos, e sim a relacionamentos. De sentir falta daquele carinho contínuo que um namoro provém, das ligações e saídas, da beleza que é a fidelidade... Sempre quis me posicionar como mulher forte, independente disso tudo e que não necessita de outra pessoa para se sentir bem. Mas aí uma grande amiga minha levanta uma importante questão, "não adianta ter uma vida universitária, o que quer que for, se a pessoa não anda bem, estudos não preenchem esse vazio." E... é verdade. Por mais que eu queira pensar o contrário, é a mais pura verdade. Para muitas pessoas, há certa hora na vida, em que o amor, aquele adolescente, de mensagens às 3h da manhã, de sentir frio na barriga, se faz nescessário. Precisamos de uma pessoa ao nosso lado, dar e receber carinho, amar muito e ser infinitamente dedicada aquela pessoa. O compromisso, a vontade de estar ao lado... quer coisa mais gostosa de se viver? Quer coisa mais bonita do que querer fazer o outro sorrir, mesmo que o seu sorriso não seja prioridade?
É... acho que nessas horas, a mulher forte que quis ser... se desarma. Por trás de qualquer grande força, existe uma grande fraqueza, e adimitindo aqui, a minha é a vontade de amar. Não importa quantas vezes parti meu coração, quantas vezes disse a mim mesma que não me permitiria cair na mesma cilada, NADA importa... São aprendizados, são experiências, que NUNCA acabarão. Afinal, o que seria o homem sem amar? Será que queremos mesmo viver de pessoa em pessoa, numa tentativa falível de tentar mostrar força e coração duro quanto ao amor? Seria, tentar fugir disso, uma grande mentira? Ou é melhor baixar nossas armas e nos entregar? Mesmo que doa e muito o coração, e acreditem, de todas as maneiras possíveis, eu já quebrei a cara... distância, tempo, idade, cuidar demais sem ser cuidada... estaria o ser humano fadado a amar e sentir dor? Qual é a saída?
Muitos preferem não se apegar mais a ninguém, talvez por medo... ou por já terem sofrido demais. Eu mesma já quis adotar isso pra mim... mas é impossível. Não consigo me imaginar assim... Sou pequena demais diante de tal força.
Eu acho que o que percebi em mim nesses últimos dias é que amadureci. Em tantos diferentes aspectos. Percebi que minha vida não pára por causa de um caso não correspondido, e que se por causa desses, me der vontade de parar e não querer mais, nunca vou ser completa. Ninguém é feliz sozinho... afinal, para mim, ser feliz só não é felicidade, é egoísmo.

Postzinho meloso, mas me deu vontade de escrever e eu escrevo meeeeeeeixmo.

Saudade disso aqui!
Vou voltar aos meus trabalhos agora.
Arquitetura toma meu tempo demais, mas eu amo! #)

sábado, 26 de setembro de 2009


M. Aboard!

Semana passada o professor do curso de redação pediu para que fizéssemos um texto com o seguinte tema: "O que faz você feliz?". Fiz, e acabei gostando dele. Por isso, resolvi por aqui:

O que me faz feliz? Dependendo do momento pode ser algo simples ou até algo mais superficial. Pode ser sentar na areia da praia e ver as ondas do mar, ouvir os risos do meu afilhado, estar com minha familia. Pode até ser o fato de às vezes me sentir bem ao me olhar no espelho, sair a noite e so voltar de manhã, ganhar um presente. Estar com meus amigos, me divertir, ouvir boa musica. Pode ser um abraço, uma conversa, uma ligação inesperada, um beijo. Um sorriso de alguem com quem me importo, ler um bom livro, ter a sensação de liberdade. É passear, me expressar, escrever, cantar. É ver um sonho se realizar, correr atras de alguem, saber que tenho pessoas com quem contar. Trocar o dia pela noite, ir a uma festa animada, ver o sol nascer. É rir até chorar, fazer algo que realmente quero, sentir que alguem se orgulha da mim ou de algo que fiz. É ter a certeza ao dizer: É isso que me faz feliz.




Marcela Bringël

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Work hard, play harder.

B. Aboard!

Bem, após uma discussão com minha irmã, vim aqui pro computador e comecei a pensar sobre certas coisas. (Geralmente me dá vontade de escrever nessas situações: raiva ou tristeza, raramente feliz eu escrevo algo crítico). Depois de gritar com ela e tentar dar conselhos do tipo 'eu sei do que estou falando, porquê já passei por isso' e de ouvir de volta apenas 'aaaah tá bom Bruna' ou então 'Anram, lição muito boa de moral que você deu, pense!' percebi algo... As coisas hoje em dia (na cabeça das crianças e adolescentes) são tão fáceis e acessíveis. Fazer o dever de casa não é mais feito pelo aluno, e sim pelos pais. Chegar em casa reclamando sobre a vida, sobre o colégio, aquele professor chato e as milhões de tarefas que eles passam pra casa não são suficientes para eles. Depois de ouvir tanto falatório e de segurar a raiva criando uma falsa e momentânea paciência, os pais ainda tem que ouvir o pedido de ajuda dos filhos com os estudos ou deveres. O que de princípio não parece ser algo de outro mundo, e como pais são pais, ajudam seus filhos e sentam na mesa junto a eles, dispostos a ajudarem no que puderem e lembrarem (no meu caso a irmã tentando ajudar a outra), acaba se transformando no pai, irmão, irmã, ou mãe fazendo o trabalho no lugar de quem realmente deveria fazer. Tudo hoje em dia é motivo de reclamação dos mais jovens, a roupa mais barata que a do colega, a bolsa sem macaco, o relógio que não possuem, o dinheiro que levam para o shopping... tudo é pouco... tudo é fácil de se pedir e difícil de se fazer. Parece que algo entrou na mente desses jovens, poluiu a coisa toda lá dentro, criou uma nova espécie de humano, saiu e olhou pra trás rindo, como quem diz: "Ahá! Agora quem vai ter que lidar são os pais!" Sei lá o que se passa na cabeça dessas meninas e meninos... Será que na visão deles a vida é realmente o mar de rosas do High School Musical ou até quem sabe a facilidade dos riquinhos, que, querendo ou não, acabam se tornando exemplos, e que ficará assim? Que a vida dará seu freio no tempo, e tudo permanecerá na época de colégio, onde papai e mamãe bancavam seu lanche, suas saídas, suas roupas, ou sendo um pouco mais direta, ou até mesmo inconveniente, permanecerão os pais desses jovens não só bancando o que for que eles precisem, mas bancando também os pais desorientados que não vêem que seus filhos aproveitam da boa vontade e abrem mais a boca pra reclamar do que para agradecer? Se pararmos para pensar, se pelo menos 70% desses jovens realmente possuírem a mente tão pequena e fútil, o país passará de mal governado e mal visto para pior. E o futuro da nação que passou das mãos da geração Coca-Cola, passa nas mãos da geração Mega e ilusoriamente capitalista, passará para o quê? Qual será o próximo passo?
Confesso, sempre fui muito bem resolvida quanto a esse assunto. Sempre olhei para o esforço da minha mãe (sim, porquê desde meus 7 anos tenho os pais separados e minha mãe para mim é mãe E pai) e dava valor aquele suor dela. Dela e da minha avó. (Sou talvez a maior fã que elas podem ter nesse mundo) A pensão do meu pai ajudava, mas nem tanto. Sempre vi o meu colégio como um privilégio, por mais que por um bom tempo não tenha dado devida atenção a ele devido a probleminhas já discutidos em outras postagens. Nunca dei valor a marcas, para mim isso não completa um ser humano em nada, sempre fiz minhas tarefas de casa só, meus trabalhos sempre foram feitos por mim, e quando pedia ajuda era ajuda MESMO e não pedia para alguém fazer por mim. Não vou mentir que isso quase aconteceu uma vez, mas me incomodou tanto o fato de estar sendo desonesta, que voltei atrás e fiz. Quando fazia algo errado, minha mãe dava sermão meeeesmo, e por mais que aquilo me irritasse na hora, absorvi cada palavra que ela disse. E vou te falar, todas foram certas. Incrível. Pode parecer clichê, mas mãe é mãe né? Acho que por ter tido a criação que tive, acho essas novidades todas muito estranhas e ridículas até certo ponto. Nem sei se é errado pensar assim, mas uma certeza eu tenho, pensar do jeito que muitos jovens pensam hoje em dia é que não é certo. Por isso escolhi o título desse post como: "Work hard, play harder", que significa: Trabalhe muito, e se divirta ainda mais. Esforço sempre é recompensado. Quando fazemos algo que podemos chamar de nosso, o resultado é ainda mais delicioso de se sentir e acabamos por nos divertir muito mais do que sofremos com a experiência.

É... quem sabe...
Vai ver o que eu escrevi nem tem sentido... talvez até tenha.
Mas é o que eu penso, agora é esperar pra ver o resultado dessa bagunça toda que acontece hoje em dia. Uma coisa é certa, poderei dizer que não fiz parte desse grupo, e contarei aos meus filhos tudo isso com o maior orgulho.


Beijão! :)

Bru.

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